A palpação do pulso é uma das principais (se não for a principal) forma de diagnóstico na Medicina Chinesa.

É preciso conhecer a descrição do pulso normal e dos 28 tipos de pulsos patológicos para conseguir identificá-los corretamente na prática clínica.

Neste artigo, falaremos sobre o pulso flutuante (fú, 浮).

O pulso flutuante é comparado a uma folha (ou pedaço de maneira) que flutua sobre a água, ou seja, ele é sentido na superfície mas desaparece à medida que afunda.

Outras descrições desse pulso são:

  • Potente quando sentido sem aplicação de pressão, mas impotente quando sentido com aplicação de pressão;
  • Com o dedo elevado, apresenta um excesso; quando pressionado é deficiente; quando é liberada a pressão ganha sua força total;
  • Sentido a leve pressão, se torna mais fraco; conforme se aumenta a pressão e pode até desaparecer.

Na prática clínica, esse pulso é sentido ao tocar a pele do paciente e vai desaparecendo conforme a pressão do dedo aumenta (nos níveis mais profundos  não é sentido).

O pulso flutuante indica a existência de excesso (fator patogênico externo), ou seja, de doença que ainda está (ou permanece) na superfície.

Quando o pulso é flutuante e lento, ele indica a presença de vento.

Quando o pulso é flutuante e rápido, ele indica a presença de calor.

Quando o pulso é flutuante e tenso, ele indica a presença de frio.

Quando o pulso é flutuante e forte, ele indica principalmente vento calor. Já o pulso flutuante e sem força indica deficiência de Sangue.

A figura abaixo ilustra o pulso flutuante.

 

Referências

– AUTEROCHE, B.; NAVAILH, P. O diagnóstico na Medicina Chinesa. 1ª Edição. São Paulo: Andrei, 1992.
– FLAWS, Bob. O segredo do diagnóstico chinês pelo pulso. São Paulo: Rocca, 2005.
– MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da medicina chinesa. 3ª edição. Rio de Janeiro: Roca, 2019.
– SHU-HE, Wang. O Clássico do Pulso. São Paulo: Rocca, 2007.
– XUE, Bin Hu Mai. O estudo do pulso de Bin Hu, São Paulo: EBMC, 2016.