A olfação é um dos 4 pilares do Diagnóstico (interrogatório, palpação, inspeção e ausculta e olfação).

Apesar de trazer informações importantes para o diagnóstico, no Ocidente essa prática é bem pouco utilizada na prática clínica.

Isso ocorre por causa de questões culturais (cheirar o paciente pode parecer estranho), por causa do excesso de perfumes que utilizamos (shampoo, desodorante, amaciante, etc) ou até por falta de hábito mesmo.

Mesmo assim, prestar atenção nos odores do paciente pode ajudar (e muito) no diagnóstico e no tratamento!

Os cheiros das roupas do paciente, o cheiro que aparece quando ele tira um casaco ou até o sapato ou o cheiro da pele identificado no momento da assepsia já são suficientes para definir qual órgão está prejudicado.

De acordo com a Teoria dos 5 movimentos, temos que:

Fígado (Madeira)

Quando o paciente apresenta patologias associadas ao Fígado, o odor é de ranço, ou seja, se compara ao cheiro de uma carne rançosa.

Coração (Fogo)

As patologias associadas ao Coração geram odores similares ao de uma torrada queimada, isso quer dizer, odor de queimado ou chamuscado.

Essa condição é muito rara na prática clínica.

Baço (Terra)

Quando a patologia é associada ao Baço, o odor é adocicado, como um perfume enjoativo.

Esse odor é o mais comum na prática clínica.

Pulmão (Metal)

Quando o Pulmão está prejudicado, o odor é parecido com o de ovo podre, ou seja, pútrido ou acre (odor mais picante).

Rim (Água)

Finalmente, o odor relacionado ao Rim é similar ao de água parada, ou seja, fétido. Ainda, alguns profissionais consideram esse cheiro como pútrido.

 

Além da relação com os órgãos, os odores também estão relacionados às vísceras e as demais características de cada movimento.

A figura abaixo ilustra as relações entre os órgãos e os odores.

Referência

– MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da medicina chinesa. 3ª edição. Rio de Janeiro: Roca, 2019.